quinta-feira, 19 de julho de 2012

As virtudes de um verdadeiro Samurai

O Ocidente costuma mitificar os Samurais... Tenho ouvido pessoas até um tanto esclarecidas falando que querem ter katanas (espadas usadas pelos Samurais do Japão feudal) e roupas pesadas parecendo armaduras

A lógica do caminho do guerreiro, principalmente no que tange ao âmbito militar, sempre foi calcada na disciplina e seguimento dos padrões estabelecidos pelas castas superiores. Todo o ideal samurai se baseia em uma complexa seleção de qualidades e requisitos, dos quais se pode precisar sete virtudes necessariamente imanentes a esse tão famoso bushi do Japão Feudal.

Integridade Moral (gi)
"A moral é o poder de decisão sobre o curso de sua conduta em concordância com a razão, sem pestanejar; morrer quando for correto morrer, atacar quando for correto atacar."
O samurai defendia as causas justas com ardor, o homem que se desviava dos caminhos da honra, não podia ser considerado um samurai e era punido por seus iguais com a morte. Entre os samurais não havia ladrões ou assassinos sem propósito, seu papel de guerreiro era cumprido com pesar e o fardo de retirar as vidas dos inimigos era entoado em oração depois de todas as batalhas. Era papel do samurai se revelar um homem de inabalável moral, para encorajar as gerações seguintes à prosseguir com o ideal samurai era necessário ensinar através do exemplo.

Coragem (yuu)
Mesmo diante de adversidades, o samurai supera o medo e enfrenta o inimigo com coragem. Musashi tinha apenas 13 anos quando lutou em seu primeiro duelo contra um adepto da escola Shinto Ryu com mais de o dobro de sua idade e venceu. Um samurai jamais vira suas costas aos problemas que lhe surgem ou desiste em face do primeiro obstáculo, é a coragem que o seguir em frente e lutar.

Benevolência (jin)
Talvez a mais relativa de todas as virtudes, a benevolência era exaltada pelo mais alto padrão de guerreiros, embora nem todos seguissem esses preceitos. A capacidade de distinguir o certo do errado no cotidiano samurai era muito clara e diante de situações em que pessoas estivessem em perigo, era dever do samurai enfrentar a ameaça.

Um exemplo de samurai benevolente é Minamoto Yoritomo. Ele providenciava segurança para as famílias de todos os seus samurai de confiança e os recompensava com terras e bens por sua lealdade. Os samurais de seu exército que se marginalizassem ou cometessem qualquer infração que ferisse as suas ordens eram caçados e mortos, pois ele acreditava que nenhum homem que traísse seu caminho merecia viver entre os justos.

Educação e cortesia (rei)
O samurai jamais fora um mero soldado ou um assassino comandado por um general, por isso tudo em seu tratamento era protocolar e baseado em rígidos padrões educacionais. A cerimônia do chá e o sumie são algumas das artes que ilustram que também os guerreiros podiam ser artistas de fino trato. Até mesmo porque as guerras eram travadas basicamente para cessar o conflito, para eliminar o motivo da tensão e selar novas épocas de paz. Há muitos casos em que generais se enfrentaram, mas ainda assim se tratavam com respeito e cortesia.

Quando Toyotomi Hideyoshi estava em viés de conseguir a unificação total do território japonês, faltava apenas a ilha de Kyushu, onde habitava a família Shimazu, uma linhagem muito tradicional de nobres. Hideyoshi implementou uma soberba estratégia de incursão e conquistou quase todo o território em pouco tempo, restava apenas um último refúgio onde residia a família. A ação demoraria dias, mas era quase certo que o exército de Hideyoshi prevaleceria, principalmente por seu número. No entanto, por respeito à família, Hideyoshi sugeriu que eles se aliassem a ele e permitiu que continuassem em Kyushu, assim poderiam manter suas terras ancestrais sob seu comando.

Honestidade (makoto)
Makoto é a sinceridade acima de tudo consigo e com suas responsabilidades. Seguir um caminho com honestidade implica em tomar uma série de ações e por vezes fazer sacrifícios que garantam a integridade do caminho e que assegurem a chegada. O samurai desde muito jovem abdicava de sua infância e quando adulto passava longos períodos longe de sua casa e sua família, muitos jamais voltavam, tudo isso para defender aquilo em que acreditavam. Fazer tudo o que era necessário para demonstrar aquilo que se pregava e as expectativas que eram geradas sobre os guerreiros da honra era ser honesto com a vida que se escolhe e com as responsabilidades agregadas.

Honra (meyo)
O samurai era nascido e criado para entender que todas as escolhas de um homem partem dele e devem ser, por ele, assumidas. Segundo o conhecimento oriental, que precedeu as bases da psicologia, todos os caminhos que se escolhe contém dentro de si um reflexo do verdadeiro eu, uma escolha errada e o fracasso revelava ao samurai uma falha de caráter. O medo da desgraça podia ser pago com a morte, o seppuku era o ritual que restaurava a honra que fora perdida. O samurai devia compreender que sua posição implicava em zelar não apenas pelo brandir de sua espada, mas também pela honra. A honra de sua família, de seu general, de seu país e de si próprio.

Lealdade (chuu)
Samurai significa "aquele que serve", ou seja, os samurais eram guerreiros que respondiam à um líder, no caso ao Shogun em primeira instância ou ao seu general, caso ele fosse rival do Shogun, e logo em seguida, ao seu daimyo. A lealdade ao general e à sua causa como um todo era imprescindível para qualquer guerreiro, mesmo um ashigaru sabia à quem devia lealdade. Tudo isso porque era o daimyo quem lhes provia todos os recursos para que batalhassem e vivessem, além de que na realidade militar japonesa, não havia espaço para qualquer contestação, a lealdade era o dever do samurai. Houveram casos em que esta lealdade foi quebrada, mas na maioria das vezes isso apenas acontecia porque a proposição do general feria os preceitos morais do samurai, como quando Oda Nobunaga ordenou uma incursão no Monte Kohei, determinando que matassem todos ali sem distinção de idade, alguns dos seus generais se recusaram a prosseguir.

Um exemplo de lealdade à todo custo é a história de Kusunoki Masashige, um exímio estrategista que só trouxera vitória ao seu daimyo, mas ao ter de obedecer suas ordens ao invés de seguir suas próprias constatações, foi vítima de um plano de ação mal estruturado. Em uma guerra, pode-se acertar milhões de vezes, porém basta um único erro. Ele sabia que estava se encaminhando para sua morte, mas ainda assim manteve-se leal e pagou as consequências do engano de seu superior sem contestação.

Com o passar do tempo e a modernização da civilização, os valores humanos mudam cada vez mais para tentar suprir a necessidade de uma formação acadêmica composta de um certo excesso de informações para um bom posicionamento em áreas profissionais. O crescimento pessoal deixa de lado os valores transmitidos através da convivência humana e o homem passa a retrair-se em seus lares, deixando assim de compartilhar emoções e experiências inter-pessoais com o mundo exterior. Devido a esta falta de tempo para convívio familiar, vivemos em um mundo onde a transmissão de conhecimentos e vivências de pai para filho torna-se esquecida e até mesmo obsoleta. Sempre sufocado em seus prazos, o homem moderno torna-se individualista e recluso.

O mesmo ocorre no contexto das artes marciais onde, até mesmo no Japão, o ensinamento mestre/discípulo se deteriora através da comercialização de diplomas. As escolas de artes marciais passam a ser empresas bem sucedidas que crescem através da formação de alunos despreparados, que depois de alguns poucos anos de práticas tentam transmitir experiências pelas quais ainda não passaram. É comum encontrarmos praticantes já graduados e que fazem uma saudação ao entrar no tatame, no cerimonial ou após praticar com outras pessoas sem saber seu significado, tornando-a assim um gesto vazio e sem vida.  Também aprendi que existe um mundo extra tatame, no qual posso e devo levar tudo que estou aprendendo para ele. Externar a prática para o dia-a-dia não significa distribuir socos e pontapés para todos os lados.

É de uma importância absurda que seja mantida viva esta tradição das Artes Marciais não deixando que nossos passos se percam diante da caminhada, com gestos e rituais vazios sem vida e sem significado algum na prática. Dando às Artes Marciais, sejam elas do tipo que forem, a devida atenção e o devido respeito a cada uma para que, somente assim, seja possível compreender a verdadeira essência do processo de conhecimento e aprendizado dentro do Caminho. Nem todos podem ser Samurais, mas os que são conseguem perceber que não é a vestimenta, mas são as atitudes que transformam um simples praticante em um verdadeiro Samurai e não importa parecer fisicamente com um guerreiro, tem que sentir e agir como tal.

OSS...!


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nem sombra do que eu fui...


Recordo-me de, certa vez, em treino qualquer na academia, de estar sentada no tatame com os colegas de treino e o mestre. Como era de praxe em todos os nossos treinos, antes de iniciar a prática, sempre conversávamos algo relacionado a teoria e só ao final dessa conversa passávamos para a prática e, em seguida, vez por outra, para a meditação, finalizando os treinos deixando o corpo e o espírito em harmonia. O treino em questão tinha tudo para ser apenas mais um entre tantos, mas uma simples pergunta minha modificou todo o percurso do mesmo.

Estavam acontecendo muitas situações inesperadas em minha vida naquele momento e eu comecei a perceber que as minhas reações estavam sendo totalmente diferentes das que eu era acostumada a ter antes de conhecer o Caminho e isso me deixava feliz, mas também me deixava meio confusa e assustada. Diante disso, perguntei ao mestre: "Sensei, eu tenho percebido algumas mudanças muito radicais na minha personalidade e gostaria de saber o que é isso? O que é isso que, aos poucos, vai transformando nossos sentimentos, pensamentos, percepções de vida e, até mesmo, caráter de quem pratica sem que o praticante perceba de imediato essa transformação? O que é isso que me deixa tão fortalecida e mais tranquila comigo mesma, tanto que eu já não me sinto tão dependente (emocionalmente) das outras pessoas? O que é isso que me ajuda a não pensar mais só nos outros, mas, principalmente, em mim e nos meus objetivos?" A resposta dele, como de costume, foi inicialmente breve, mas carregada de significado para mim: "Isto é o Karatê que você pratica!"

Obviamente que, no início, a resposta pareceu-me um tanto vazia e grosseira, mas ao longo do treino ela foi formando os seus significados em minha mente. Ao final do treino, após a meditação e antes do cumprimento final, percebi que a resposta tinha sentido. A fraqueza está em mim, pois sou humana e dotada de erros e falhas nas minhas escolhas e isso é o que me faz cair, mas aprendi no Karatê que eu pratico que enquanto há vida, há oportunidade de arrependimento e enquanto houver arrependimento, haverá uma chance de crescer, amadurecer e evoluir. E quando falo de evolução estou me referindo ao ser humano como um todo. Percebo com muita satisfação em meu coração que quantas vezes eu cair serei, mesmo assim, capaz de levantar; mesmo com muito medo serei capaz de seguir; as escolhas erradas que eu tive, não posso consertar, mas, com certeza, não repetirei nenhuma delas; as dores que eu sentir fazem parte do meu crescimento como ser humano e que todas as vezes que eu voltar às origens e me arrepender de algo é porque estou viva e usando o que eu aprendo diariamente nos meus treinos de Karatê. Isso é o Karatê que eu pratico e que hoje eu sei que não sou e nunca mais serei nem sombra do que eu fui...

OSS...!


terça-feira, 17 de julho de 2012

Tamanho e idade não são documentos

Olho para esta foto como algo tão distante... Como se em outro mundo, em outra vida ela tivesse acontecido e percebo que foi só em outro tempo... Num tempo em que nós duas tínhamos as mesmas opiniões e os mesmos objetivos quanto ao Karatê que praticamos... Lembro de cada segundo dos treinos ao lado dela, fossem eles na academia ou no bosque e posso afirmar que nada me ensinou mais do que a prática de ser a "sensei substituta" dela... Com essa menina segui à risca o que me havia sido ensinado e deu certo. Sinto uma satisfação tão grande em ver no quanto ela tem se transformado. Realmente está galgando degraus maiores e hoje não é mais ela quem precisa de mim, ao contrário, quem está precisando da ajuda dela sou eu.

Passei tanto tempo longe que muitas coisas eu fui esquecendo e com parcimônia ela tem me ajudado a lembrar e, de acordo com o que lhe foi ensinado na minha ausência, ela me ajuda a consertar as falhas que ficaram pelo meio do caminho... Ela cresceu, eu cresci e vejo com muita alegria que minhas manhãs de fins de semana no bosque, minhas tardes de treinos junto a ela na academia e nossas inúmeras conversas sobre a vida, o karatê e como devemos encarar os acontecimentos da vida, não foram em vão...

Se tiver uma coisa para eu nunca esquecer é do meu retorno aos treinos na academia. Logo na primeira semana, no segundo dia de treino, o Sensei colocou todo mundo para lutar em forma de rodízio, dois minutos para cada dupla e todos contra todos. A minha penúltima luta foi com ela e qual surpresa eu tive? Seu estilo havia mudado e mudou para melhor. Estava mais agressiva e confiante no que ia fazer... Dava para perceber que algo havia mudado, mas ainda existia o velho respeito comigo...

No início da luta, eu adotei uma postura bem passiva e tranquila, mais para observá-la e vejo que fiz o certo. A postura realmente está muito modificada, bem mais agressiva, confiante, decidida e humilde do que de costume. Veio para cima de mim com o olhar concentrado, mas não era exatamente o mesmo olhar de quando estamos fora do dojo, simplesmente um olhar desconhecido naquele momento para mim. Ficamos por alguns segundos nos estudando até que ela soltou o primeiro golpe, um mawashi geri muito técnico, muito rápido e forte, mas eu consegui sair mais rápido. Só então percebi que ela estava levando a luta mais a sério do que eu poderia esperar e mudei minha postura.

Acreditem ou não, ninguém ganhou, mas se eu tivesse visto a luta de fora e se estivesse valendo pontos, daria todos para ela. Não pelos golpes e nem pelas defesas, que apresentaram uma evolução impressionante na técnica, mas pela coragem e ousadia de fazer sem medo o que lhe foi proposto. Ao final ela disse para mim: “Senti o chute que você me deu e estava com um pouco de medo dessa luta, mas nada que me fizesse chorar como das outras vezes. Eu gostei de lutar com você. Estou muito feliz, porque você voltou. Vai ser legal ter você de novo treinando comigo. Obrigada!” Foram rápidas e sinceras as palavras dela para mim e sinto-me grata a DEUS pela oportunidade de ter voltado e honrada a ELE por ter me abençoado com pessoas que me respeitam tanto...!


OSS...!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Estou de volta...



Foram longos meses afastada. Para ser mais exata, desde 10/12/2011 que eu me afastei dos treinos. Nesse meio tempo afastada enfrentei os maiores desafios que alguém possa imaginar passar. Fui obrigada a me afastar por questões físicas e emocionais que me faziam não mais render nos treinos como antes. Passei um tempo que, para muitos, pode ser considerado pouco, mas que para mim foi o suficiente no entendimento das coisas que estavam me acontecendo e principalmente as que ainda estavam por vir. Lembro-me bem que, no início, me frustrei e pensei em nunca mais voltar e desistir de tudo, enfim, seguir outros caminhos. Lembro-me, ainda, dos inúmeros pedidos de ajuda que eu fiz a alguns amigos e poucos (pouquíssimos) foram capazes de perceber no meu olhar a força que eu estava precisando naquele momento.

O que estava por vir, finalmente veio e veio com uma força tamanha que pensei ser mais forte do que eu conseguiria aguentar, mas não. A prova disso é que estou de volta e agora eu voltei para ficar. Pude enxergar verdadeiramente tantas coisas que antes me era tão difícil. Hoje eu sei que vivi, num mesmo tempo, o pior e o melhor de mim e nada, nem ninguém me fará voltar a ser novamente a Amanda que um dia eu fui. Foi uma mistura tão grande de identidades, eu fui me perdendo e deixando tudo e todos de lado, fui me isolando e deixando a 'vida me levar'. Isso foi bom... muito bom... Percebo que graças ao que passei hoje eu sou mais forte. Mesmo chorando e tendo me perdido, ainda sou eu mesma só que com uma força de vontade para viver muito maior do que antes e, aos poucos, bem aos poucos, as mágoas estão me deixando viver...

Com a intensidade e a assiduidade dos meus treinos sinto que o vigor está cada vez maior em mim e que estou novamente me libertando dos fantasmas que a vida me apresenta diariamente. Quando estou no dojo eu me transformo completamente. Sinto algo diferente em mim. Ninguém me entende quanto a isso, tem quem me chame de anormal ou de exagerada e dramática, mas eu sei que o que eu sinto é muito verdadeiro, porque é uma experiência muito minha que eu não sei explicar ao certo o que é. Acho que eu me sinto assim, porque, no tatame,eu realmente sou muito mais eu, sem disfarce nenhum, sem máscara. Chorando ou sorrindo, com ganhos ou perdas, eu ainda continuo sendo eu mesma e isso me ajuda bastante, pois levo todos os ensinamentos adquiridos para a vida que eu levo fora da academia.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cansada demais para qualquer coisa

"Estou cansada... muito cansada... cansada até demais de ter que recomeçar do zero de tempos em tempos... tempos estes que espaçam cada vez menos tempo para que eu possa realmente dizer que valeu a pena alguma coisa...
Percebo o sorriso vitorioso dos que não me querem ver bem e até dos que dizem (só no olhar) que eu não sou capaz... Já nem sei se sou forte o bastante, mas não vou desistir, só sei que estou muito cansada de ter que recomeçar tudo de novo...!" (Eu)

domingo, 13 de maio de 2012

Uma rosa, um desejo e a minha eterna gratidão

"Às mulheres mães que amam e às mulheres filhas que reconhecem esse amor dentro de si como o toque de DEUS em suas vidas..."

Em plena semana de véspera do dia das mães e nem sombra de presente ou mesmo de dinheiro para comprar sequer uma lembrança... Eu disse a minha mãe: "Sinto muito não ter nada de especial para lhe oferecer este ano no dia das mães... Quem sabe eu possa fazer melhor ano que vem...!" A resposta veio quase que de imediato: "Você já é o meu presente de DEUS!" Passei a semana toda pensando na frase que minha mãe dissera com tanta firmeza na voz.

Obviamente estava triste por não ter nada especial para alguém tão especial, que tanto fez por mim sem nada esperar ou pedir em troca... Foi no sábado que, então, veio a súbita vontade de escrever sobre ela... Na verdade, eu não escrevo aqui sobre ela, mas sobre todas as mães e todas as filhas que entendem o amor de uma mãe, que se aproxima ao amor de DEUS.

Refletindo sobre a frase dita por minha mãe entendi que nada é mais especial do que ter o amor dela bem juntinho de mim... os abraços, o carinho, o afago e o colo protetor que na hora da dor me fizeram levantar, olhar ao redor e perceber que, mesmo com as quedas, a vida SEMPRE VALE A PENA. No último mês, eu precisei demais da mãe que eu tenho... foi uma dor quase insuportável a que eu passei, mas a proteção dela e das mães da minha família eu pude voltar a sorrir e ter orgulho de mim como mulher e ser humano. Percebi, graças a DEUS, a tempo, que sem minha mãe, a alegria que tem, as manias que adiquiriu  ao longo da vida, as certezas devido às experiências que teve e o amor incondicional a mim, eu, com certeza, não seria quem eu sou e nem teria chegado aonde eu cheguei e ainda pretendo chegar com certeza...

Muito obrigada, MÃE, pelo seu amor e pela segurança protetora que você dispensa a mim. Enquanto muitos perecem sem a sua mãe ao lado, eu tenho você comigo e posso abraçá-la e beijá-la o quanto quiser, eu posso sentir o cheiro adocicado das flores que só você tem e isso para mim é gratificante... Só você consegue ser na minha vida a completude que em outros olhos um da eu já busquei... obrigada por existir e ser minha mãe...

DEUS me deu a chance de não ter um só centavo para lhe dar presente grandioso, mas a rosa que eu lhe dei esta manhã está carregada de significado... Não é uma rosa como outra qualquer ela está lhe dizendo que hoje eu consegui entender o real significado do que você é para a minha vida... Também está lhe dizendo que eu desejo ser para um filho ou uma filha tudo o que você conseguir ser para mim até este momento e, ainda que sou e serei eternamente grata aDEUS por você existir e por ter a chance de lhe chamar, orgulhosamente, de minha mãe...!

"À você, Lourão, que abdicou de sua vida inteira por amor incondicional a mim...À você, vovó Dinalva, pela fé constante na minha inteligência e no meu poder de supoeração... Á você, Liloca Luluca, por sua dedicação integral aos meus caprichos... À você, tia Nyzinha, por cada segundo de carinho e respeito que você me ensinou... À você tia Bete, pela alegria e pelos ensinamentos bíblicos que me ajudaram a ser melhor em DEUS... À você Lorena, por ter feito o papel de mãe e me dado banho, conversado comigo e me ensinado tanto da vida, por ter sido mãe, quando a nossa, em alguns momentos, me faltou... À todas vocês, o meu MUITO OBRIGADA POR TUDO E MUITO MAIS!"


FELIZ DIA DAS MÃES !!!!!!!!!!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um dia completamente feliz

Não vai durar muito essa postagem... eu só preciso compartilhar essa felicidade com os meus leitores... Estou feliz de verdade, estou feliz e muito aliviada... Depois que eu fiz as pazes com o meu passado e com a minha criança interior, eu simplesmente sou outra pessoa e não pretendo voltar ao que era antes... gosto do que eu me transformei agora e gosto das coisas que estão acontecendo no momento presente.

Quero deixar registrado a um amigo (que, com certeza, lerá este post) que as palavras dele foram sábias e se tornaram realidade em minha vida. OBRIGADA a você, amigo querido que me mostrou que a vida pode ser maravilhosa. Suas palavras no pior momento da minha vida foram um bálsamo para a minha dor e hoje, dada a volta por cima, eu agradeço o tempo que você esteve ao meu lado... foi pouco, mas foi suficiente, pois aprendi lições que valeram por toda uma vida... Que DEUS proteja e guarde você no melhor dos planos que Ele tiver!

Eu esperei o reviravolta da vida e ela veio... ainda está faltando o melhor dela, mas não duvido de que o melhor ainda está por vir... O que hoje acontece ainda é pouco e só sei que é pouco, porque eu já conheci o muito... Tudo o que hoje eu tenho e até o que eu não tenho me faz feliz, porque se eu tenho é por merecimento e  ninguém tirará de mim (só DEUS) e se eu não tenho é porque ainda me falta amadurecimento para ter... OBRIGADA a todos pela ajuda e, mais ainda, por toda a paciência que dispensaram a mim durante o período que se antecedeu a este que estou vivendo com grande felicidade e tamanha plenitude.


quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sempre há outra chance nessa vida

Foto tirada em Setembro de 2003.

Eu acredito verdadeiramente que tudo nessa vida tem uma segunda chance. Na verdade não apenas uma segunda, mas uma terceira, quarta, quinta, sexta chance e assim por diante... Minha vida foi cheia de altos e baixos como todas as outras... todos passam por coisas desagradáveis de vez em quando, mas o que nos diferencia uns dos outros é a forma pela qual encaramos essas situações, é a maneira como reagimos diante das situações e das pessoas que dela estão fazendo parte naquele momento.

Algo me aconteceu há dois dias que me fez perceber a presença tremenda de DEUS em minha vida. Alguém de quem falo sempre e de quem eu nunca esqueci reapareceu em minha vida e fez uma coisa que nunca havia feito antes e meu coração ficou em paz, porque foi tudo o que eu sempre quis que ele fizesse. Ele reconheceu a grandiosidade do meu amor por ele. Não foram as palavras que me comoveram, mas o olhar dele. O olhar tinha um algo mais. Foi esse olhar que eu passei a minha infância e a minha adolescência buscando e que hoje, na minha fase adulta e um tanto mais amadurecida que outrora, eu encontrei. Por este motivo, eu posso afirmar que o meu coração está em paz.

Por muito tempo tive medo... Um medo fantasmagórico que me assombrava de uma tal forma que já não estava sendo possível caminhar em para o futuro, pois o passado me puxava cada vez mais para trás. Hoje, após olhar nos olhos dele, percebo que o medo era de nunca mais ouvir a voz dele na minha vida. Isso era assustador, mas tive que ir aprendendo, aos poucos, a conviver e me conformar com essa ideia do nunca mais, só assim eu não enlouqueceria, mas a vida nos deu uma segunda chance e nós nos reencontramos exatamente como eu pedi a DEUS (sou muito grata ao meu DEUS por me ajudar a ser merecedora de mais essa graça)...

Nos reencontramos no melhor de nossas vidas e não falo do fator físico, estou falando de maturidade espiritual. Ainda nos falta muito, porque DEUS está nos lapidando em seu molde, mas estamos bem melhores do que antes. Graças à Ele nada mais será como antes... Tudo será muito melhor, porque é uma nova fase, uma nova chance, é o recomeço de uma nova história entre duas histórias... Como descrever com palavras o que meu coração sente neste momento? Eu realmente não sei, mas sei que consigo respirar aliviada, porque não estou mais presa a ninguém e, ao mesmo tempo, estou livre das prisões que eu mesma criei para mim...

Tenho muitas coisas para falar e todas elas culminam em um amor incondicional e maduro, muito diferente do que já foi há alguns anos... Precisamos realmente ir envelhecendo para entender certas situações que passamos. Só posso dizer que de absolutamente tudo que eu vivi até hoje, nenhuma mágoa ficou... e, no mais, eu preciso digzer derradeiras palavras para este post: "Pai, palavras realmente não são suficientes, agora enxergo isso com mais clareza em meu espírito! Toda e qualquer experiência é válida, afinal é bem certo o que dizem: "Se o final valer a pena, o caminho não importa!" É como eu disse a você em nossa conversa. "O amor não mudou, ele apenas amadureceu!"

domingo, 1 de abril de 2012

O que é ser eu para mim?



Foi apenas um momento passageiro de inspiração que me deixou tão belas palavras e sentimentos em meu coração. Não sei o que despertou isso em mim, só sei mesmo que todas as vezes que leio estas palavras eu sinto uma paz tão grande em meu coração que ninguém pode imaginar, coisa maravilhosa que eu realmente não consigo explicar.

Ser filha é...
Obedecer e honrar aos seus pais sem se importar com o que eles sejam, façam ou digam é fazer o seu melhor em prol deles não importa o que aconteça...

Ser mãe é...
Abdicar de si em prol de um filho. É doar-se para o sim e para o não. É ter paciência. é respeitar as escolhas e as limitações de si e da sua cria. É, acima de tudo, amar incondicionalmente.

Ser esposa é...
Ter uma vida a dois imensamente dedicada ao relacionamento como um todo e em cada particularidade que o mesmo apresenta. A verdadeira esposa é aquela que se preocupa com o eu, o ele, o todo, os dois e um só.

Ser mulher é...
É uma dádiva divina. É o melhor presente concedido por DEUS, pois, ao mesmo tempo, somos sensíveis e guerreiras. É a certeza de uma vida cheia de lutas, conquistas e aprendizados. É a certeza de que tem a obrigação de tomar para si os exemplos bíblicos das mulheres que tudo conseguiram através da fé em DEUS.

Enfim,
Ser Amanda Alcantara é...
A melhor coisa que poderia ter me acontecido.Eu amo de verdade ser eu mesma sem me preocupar com o que os outros pensam e dizem de mim ou até o que sentem por mim, afinal isso é algo que pertence a eles e não a mim, pois não vai mudar em nada o que eu represento para mim nesta vida. Eu amo a minha vida com essa diversidade incrível que ela tem quanto aos desafios que me oferece todos os dias. Sem essa vida que DEUS me deu nada teria graça para mim. Nossa! Como é bom olhar no espelho e me enxergar assim do jeitinho que eu sou... Consigo olhar o meu passado e o que eu era antes não me agradava, e também vejo, com enorme alegria, o meu presente e em tudo o que eu me transformei, pensando num futuro que só a DEUS pode pertencer...!

Em todos os âmbitos de ser mulher é possível perceber que a verdadeira mulher é aquela que se aproxima da perfeição do amor que DEUS oferece a cada um de nós...!

OSS...!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Os dez mandamentos da serenidade

Foto retirada do google.com.br

Eu tive um grande amor em minha vida. O mais puro, o mais verdadeiro, o mais sensato, o mais humilde, o mais sábio, o único... Talvez só um filho realmente seja capaz de trazer novamente ao meu coração a pureza e a verdade de um grande amor. Esse grande amor que eu tive na vida foi o meu avô. Ele me ensinou as bondades e maldades que a vida tem e, mais do que qualquer outra pessoa, ele me protegeu da infecção que contamina o mundo contemporâneo: a falta de sensibilidade às necessidades do outro.

Meu avô fazia parte da Ordem Rosacruz e em quase todas as conversas que eu tinha com ele sempre citava para mim os dez mandamentos da serenidade. Dizia que eu tinha um gênio muito forte e uma personalidade que poucos conseguem ter, mas que precisava dosar mais as minhas palavras e as atitudes que eu tomava nessa vida para com todos, principalmente, com os que eram caros de verdade para mim e por isso citava esses mandamentos. Queria que eu aprendesse alguma coisa com eles.

Sinceramente! Sinto falta do vovô. Ele disse que estaria sempre aqui, mas não está. E hoje eu percebo que o sempre que ele dizia era enquanto ele pudesse estar. São seis meses... seis longos meses que ele se foi e até hoje há uma certa fraqueza na minha voz quando escuto o nome dele ou quando lembro dos nossos momentos juntos. Ele sempre me pedia para não fraquejar e, confesso, que ele estando perto era muito fácil ser forte. Difícil mesmo é estar longe dele sem saber onde ele está ou o que está fazendo, tendo sonhos e lembranças de coisas que jamais voltarão. Eu deveria fincar mais o meu pé no presente, mas gosto de lembrar do passado com o meu avô, pois sinto uma paz muito grande, me faz sentir novamente a essência do amor dele muito próximo de mim... eu sempre vou precisar dele (sempre mesmo)... Que saudade estou sentindo dele... Acho que o aniversário dele amanhã está me trazendo algumas lembranças que estão me deixando assim um tanto nostálgica, mas acho que essa é a hora de fazer a diferença, pois é no fervor das batalhas que se conhece o verdadeiro guerreiro!

Foto retirada do blog misticismoemagia.blogspot.com

Os dez mandamentos da serenidade

1. Só por hoje, tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver todos os meus problemas de uma só vez. 

2. Só por hoje, terei o maximo cuidado com o meu modo de tratar os outros, sendo delicado em meu modos, nao criticando/julgando ninguem, nao tentando melhorar ou disciplinar ninguem senao a mim mesmo. 

3. Só por hoje, me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, nao soh no outro mundo como neste tambem. 

4. Só por outro, me adaptarei aas circunstancias sem pretender que as circunstancias se adaptem aos meus desejos. 

5. Só por hoje, dedicarei pelo menos 10 minutos de meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como eh preciso comer para sustentar o corpo, assim tambem a leitura eh necessaria para alimentar a vida de minha alma. 

6. Só por hoje, praticarei uma boa ação sem contar para ninguem. 

7. Só por hoje, se for ofendido em meus sentimentos procurarei que ninguem saiba. 

8. Só por hoje, farei um programa bem completo do meu dia. Talvez nao o execute perfeitamente mas, em todo caso, vou faze-lo. E me guardarei bem das suas calamidades - a pressa e a indecisao. 

9. Só por hoje, serei firme em minha fé de que a Divina Providencia se ocupa de mim como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstancias manifestem ao contrario. 

10. Só por hoje nao terei medo de nada. Em particular, nao terei medo de gozar do que eh belo e nao terei medo de crer na bondade.

sábado, 17 de março de 2012

Uma nova etapa na vida da guerreira...

Foto tirada em 17/03/2012; às 11hs da manhã.
A vida de um guerreiro se faz dentro e fora da academia. Os desafios são diversos e vem de todos os lados. Muitas vezes somos bombardeados com os acontecimentos, mas quando conhecemos ao menos um pouco da essência do verdadeiro Caminho Marcial, podemos perceber que nada é grande demais que nos possa engolir nessa vida e nos fazer derrotados, afinal, só o fato de estarmos vivos já é um grande desafio e uma grande dádiva divina para cada um de nós.

Quer um desafio maior para uma mulher do que SER MÃE? A mulher pode enfrentar qualquer desafio, mas todos são pequenos demais perto deste que é conceber um universo dentro de si... A responsabilidade é grande e todas nós sabemos disso, pois é vida gerando vida, vida protegendo vida, vida amando vida, vida amparando vida, vida estruturando vida...

Eu decidi trilhar por outros caminhos sem esquecer do que me formou até aqui. Quero ser mãe e isso é um desejo há muito guardado em mim... Eu tenho uma vida com alguém que compartilha dos mesmos sentimentos que eu. Preciso estabilizar apenas alguns pequenos pontos na minha vida e em breve vou concretizar o que há muito tenho sonhado. Um pouco de paciência não faz mal a ninguém, afinal, já estive muito mais longe do que eu gostaria e sei que, agora, é só uma questão de tempo para acontecer.

Agora eu sei o que é a sensação de estar faltando alguma coisa em minha vida. Antes, eu sentia um vazio e uma solidão inexplicáveis, mas hoje que, verdadeiramente, eu permiti DEUS na minha vida sinto que, aos poucos, a minha vida está se completando. As decepções foram grandes, mas não a ponto deme engolir, pois eu sou mais forte do que os que tentaram contra mim. Eu não tenho mais remorsos e nem mágoas de nada. Cada um segue seu caminho da forma que lhe aprouver. Eu quero seguir o meu da forma que eu escolhi, ao lado das pessoas que realmente mostraram, até hoje, valer a pena. Os que se foram é porque cumpriram seu tempo na minha vida e precisaram seguir sem mim.

Foto tirada em 17/03/2012; às 11:30 da manhã.
Mais uma vez preciso citar um grande amigo distante que eu tenho, que disse para mim há alguns meses: "Aprendemos a ser filhos depois que nos tornamos pais, aprendemos ser pais depois que nos tornamos avós". Eu concordo com o meu amigo quando ele diz que é uma pena o aprendizado não ser em tempo real. Talvez só assim eu consiga entender os intempéries da relação que hoje eu tenho com a minha mãe.

Espero ser uma boa mãe... Não peço nada mais a DEUS... Só peço que me possibilite gerar uma vida dentro de mim e que essa vida seja completa e saudável... Que não lhe falte nada... E quando digo nada, estou me referindo ao básico, alimento, vestimenta, educação, amor, carinho e respeito, pois é isso que realmente importa... Que nós, pais, consigamos passar o mínimo de nossas experiências com a maior das paciências e o maior de todos os amores, paciência e amor incondicionais que são concedidos por DEUS a todos que decidem trilhar nesta maravilhosa missão. Não poderemos dar luxos aos nossos filhos, disso somos conscientes, mas em nossos corações há um sentimento muito mais forte ue realmente é o que vale nessa vida.

Foto tirada em 17/03/2012; às 15:50.

Não acho que tenha muito mais a dizer do que o poema abaixo que ontem eu escrevi para o dia que ele(a) vier para nossas vidas:

Como ser mãe
(Poema feito em 16/03/2012; às 23:30 da noite)

Nunca bater
Nunca ofender
Pode castigar,
Mas nunca humilhar...

Ser mãe é amar
Ser mãe é cuidar
Ser mãe é respeitar
Ser mãe é sempre se doar...

p.s.: não sei se serei uma boa mãe, não sei nem se consigo ser mãe, na mais bela expressão da palavra, mas uma certeza eu tenho: EU VOU TENTAR!

OSS...!

Foto tirada em 17/03/2012; às 16hs.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Educação Física em minha trajetória

(Trabalho prestes a ser apresentado na Escola Superior da Amazônia, para a disciplina Estudo de pesquisa científica, em 23/02/2012).

Em minhas lembranças percebo a Educação Física como parte de todos os momentos da minha vida, de tudo o que eu sou e quero ser. No entanto, apesar de todos os momentos marcantes que eu tive em relação a esse assunto, existiram dois momentos que se destacam para mim, muito mais que os demais: o meu primeiro e o meu último contato com a Educação Física Escolar sendo ainda só uma aluna no ambiente das escolas.

Poucas coisas lembro da minha primeira infância e quando lembro parecem um 'flash' em minha memória. Algo que lembro-me muito bem é da minha primeira professora de Educação Física. Ela mudou para sempre a minha vida. O fato de ser da minha família fazia eu me sentir segura e protegida de todos os medos e inseguranças que minha mente já criava naquela época. O fato de eu ser sua sobrinha (quase uma filha na época) não me fazia melhor do que ninguém, não influenciava em absolutamente nada para eu ter privilégios sobre os demais alunos. Eu fazia exatamente tudo o que todos faziam com o mesmo tempo de trabalho e descanso que os outros.

Essa professora foi, ao menos para mim, tudo o que um educador deve ser na vida de seus alunos. Amorosa e rígida em doses exatamente de acordo com o meu comportamento diante dela, de suas aulas e da turma em que eu estava inserida. Foi o meu porto seguro dentro daquela escola. Apesar de sempre ter sido muito bem tratada dntro da escola, eu não queria estar ali, não queria estar com aquelas pessoas totalmente desconhecidas. Queria estar em casa com os que eu amava e já estava acostumada, mas não podia gritar e chorar, sabia que, por algum motivo, precisava reprimir aquilo tudo.

Como aquela professora era o mais próximo que eu tinha da minha casa e dos meus familiares, eu estava sempre bem nas aulas dela e fazia questão de estar, por maior que fosse o desconforto de estar ali me sentindo tão sozinha. Engraçado como quando somos crianças nos sentimos tão vulneráveis a tudo e a todos, tentando ser e fazer as coisas imitando os que mais admiramos só para sermos mais amados e bem aceitos por todos os que nos rodeiam. Como pode uma criança tão pequena e de tão pouca idade, como eu era, pensar e sentir tantas coisas com tamanha complexidade? Não sei. A única coisa que eu sei é que eu quero ser para todos a minha volta o mesmo que foram para mim.

Sempre fui uma pessoa muito difícil de lidar, principalmente pela firmeza de caráter, inflexibilidade de ideias, dureza nas críticas e resistência às mudanças da vida por menores que elas fossem. Por este motivo encontrei, ao longo da minha jornada, estudantil muitas barreiras, que só me faziam me fechar cada vez mais para o mundo ao meu redor, mas era nas aulas de Educação Física que eu tinha a oportunidade de mostrar um pouco do que eu era e gostava. Nós éramos uma equipe e não importava o que acontecesse, estávamos sempre juntos dentro do ginásio do colégio. As aulas de Educação Física eram o único momento em que eu não precisava me calar para os professores, eu podia opinar o quanto eu quisesse, porque sempre o professor avaliava minhas opiniões como positivas ou não, mas me escutava e era só disso que eu precisava.

Os três anos do meu Ensino Médio eu tive um único professor. Ele era o novo professor de Educação Física do Ensino Médio. Não consigo lembrar o nome dele, mas daquele rosto calmo jamais esquecerei. No início nossa relação foi um tanto tempestiva, pois eu não queriaparticipar das aulas que ele ministrava com a desculpa de querer conhecer o perfil dele com os alunos (que bela desculpa para esconder o enorme medo que eu estava sentindo daquela mudança). Mas, com o passar do tempo, toda essa desconfortável situação foi sendo modificada para melhor.

Aos poucos, e bem aos poucos mesmo, nós começamos a conversar e trocar algumas ideias e experiências e de ambas as partes começou a surgir o que é fundamental para uma relação dar certo: carinho, respeito, confiança e admiração. A partir de então ele, de alguma forma, conseguiu lidar com os intempéries da minha personalidade altamente forte, crítica, ousada e destemida bem mais do que antes. Ele me deixou livre para escolher, coisa que poucos fzeram por mim até hoje. Sempre tinha um para interferir nas minhas escolhas e decisões ou tomá-las em meu lugar.

Esses dois professores foram marcantes pela inteligência e pela enorme sensibilidade com o próximo, pessoas amigas e inesquecíveis que levaram em sua história um pouco de mim e muito de si e do que fizeram por mim e pelo meu crescimento e amadurecimento deixaram marcados para sempre em minha vida. Sou o que eu sou e conquistei tudo o que eu conquistei nessa vida também graças a eles e tantos outros professores que passaram pela minha vida.

Preciso confessar, acho até que, neste caso, é desabafar mesmo. Levei anos para entender que apego a algo ou alguém não é amor, mas, sim, uma doença, afinal, quem verdadeiramente ama sabe a hora certa de libertar a pessoa amada se preciso for, ja dizia o grande amor da minha vida: o meu avô materno. Apego sufoca quem amamos e era exatamente isso que eu fazia não só com os meus professores, mas com todos que se aproximavam de mim. Hoje entendo que meu amor, se verdadeiro for, ele me ligará aos meus amados pela força que há no sentimento e no pensamento. Mas ainda não acaboumesmo!

Também levei bastante tempo para compreender que nossos professores, sejam eles quem forem ou que matéria lecionarem, também são nossos amigos e por que não dizer, em muitos casos, nossos herois, enfim, são pessoas que, depois de nossos pais, acompanham muito de perto a nossa formação, o nosso crescimento e amadurecimentotanto diante dos conhecimentos técnicos das escolas como também diante da vida que vivemos fora da proteção das escolas. Vale resssaltar que esses professores são parte de nós como as famílias que temos.

Ainda bem que os anos passam. Ainda bem que demorou, mas, enfim, eu entendi. Ainda bem que eu cresci. Ainda bem que eu mudei e amadureci, pois, do contrário, eu nem sei o que seria de mim, talvez eu nem estivesse mais nem aqui.

Imagem retirada d site escolamunicipalcamoes.blogspot.com




OSS...!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ninguém faz nada com você sem a sua permissão...

Imagem retirada do site chrispaiva.zip.net

Estive conversando com meu namorado há algumas semanas e como ele também foi atleta entende o momento que eu estou passando, as decisões e indecisões, as certezas e incertezas que me motivam, mas que também me deixam imensamente insegura. Ele também passou por todas as cobranças que eu já passei e ainda estou passando, mesmo um pouco afastada... Ele também tinha responsabilidades grandes sobre os seus ombros e foi acostumado a não discutir, sempre dizer sim e cada vez mais superar suas próprias limitações assim como eu.

E assim como eu (também) ele confundiu o conceito de superação das próprias limitações. Ele foi me contando um pouco da história dele e percebi que não era muito diferente da minha, apenas o esporte se diferenciava. O esporte que ele praticava era natação e o que eu pratico é o Karatê. Esportes totalmente diferentes, mas com histórias muito parecidas.

Após nossa conversa fiquei muito pensativa. Fiquei me perguntando o que teria causado os nossos afastamentos? Em minha mente veio uma nítida voz dizendo: "Vocês quiseram acompanhar os atletas de ponta. Não tendo ainda condições para isso se esconderam atrás da expressão 'superação de limites' e se esforçaram além do permitido pelo corpo de vocês. A resposta para isso foram as lesões. Lesão é doença e doença nada mais é do que a resposta do seu corpo para algo errado tanto no seu físico como na mente ou no espírito."

imagem retirada do site espiritismoestorias.blogspot.com

Agora entendo verdadeiramente o que foi que aconteceu... Já busquei tantos responsáveis pelo que aconteceu, culpei de DEUS a todos os meus colegas, sendo que esqueci de ver onde eu estava nessa história. Essa responsabilidade é minha. Eu não prestei atenção nos meus próprios limites. Eu ignorei completamente as necessidades do meu corpo e de uns tempos para cá (até antes de eu me afastar) já estava ignorando as necessidades do meu espírito. Em outras palavras, eu simplesmente me atropelei.

Eu devia ter me dado o tempo devido não só para o físico, mas também para o espírito. Uma coisa é bastante certa: se eu tivesse me dado o tempo devido, o que era paixão continuaria me dando o 'tesão' para seguir caminhando e jamais teria se transformado numa obrigação e possivelmente nessas lesões que me afastaram obrigatoriamente do que eu mais amo na vida... hoje eu percebo que as necessidades dos outros não são as mesmas das minhas e vice-versa... Respeitei tanto os outros e esqueci de me respeitar... outro ponto importante para o meu crescimento.

Ninguém me cobrou nada além do que eu demonstrava poder fazer, tudo o que eu fiz foi porque eu quis e achava que seria capaz de fazer. Então mais uma vez eu percebo a minha responsabilidade grande nesse tão breve afastamento. Preciso confessar que essa voz não foi física, ou seja, de uma pessoa como esta que aqui vos fala. A voz era dentro de mim, dentro da minha cabeça, dentro do meu coração. Era como se eu mesma estivesse pensando e sentindo aquilo, acho que foi a voz do entendimento e do amadurecimento que me fizeram enxergar tantas coisas em apenas uma simples conversa.
 
OSS...!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Karatê dentro e fora do DOJÔ

Foto retirada do site: sagakaratedo.wordpress.com


"E por qual motivo o seu coração está tão apertado a ponto de enfraquecer seu treino?" Pergunta o Sensei daquela Kohai.

"Não sei dizer, Sensei... Só sei que tenho andado por caminhos tortuosos e não me agrado da vida que estou levando fora daqui!" Responde a aluna, com lágrimas nos olhos.

"Aí está o motivo, ou melhor aí estão os motivos. Você mesma os mostrou para mim. Não consegue visualizá-los como eu, mas eles estão bem aí dentro de você, kohai, dentro do seu coração..." Diz o Sensei, com bondade nos olhos e nas palavras.

"O que quer dizer, Sensei? Não consigo entender. Por favor, me explique!" Pede, em tom súplice, a aluna.

Novamente com bondade, mas com firmeza na voz e nas palavras, o Sensei tornou a falar:
"Ao entitular você minha kohai, eu sabia exatamente o que estava fazendo. Percebo sua lealdade ao que pratica e, mais do que isso, percebo sua vontade de estar aqui. Tenho por você o que há muito foi esquecido neste mundo louco do qual fazemos parte, que é o respeito e a consideração, mas por motivos que desconheço e realmente não me interessam, pois vejo que são pessoais, você está se perdendo de nós. Está deixando de lado algo bom para você e que só lhe trouxe benefícios até hoje. Você chora e não sabe perceber os motivos, isso demonstra que você ainda não se conhece nenhum pouco e em vez de progredir, dessa forma que está, você só está regredindo cada vez mais. Seu rendimento está muito abaixo do que poderia estar, porque já vi o seu melhor e sei que este não é o seu melhor. Isso quer me dizer somente uma coisa, você não aprendeu a mais básica das lições: A filosofia do Karatê que praticamos deve ser levada para a nossa vida. O que eu quero dizer com isso? Eu quero dizer que você está sendo pouco inteligente em praticar o karatê apenas nos limites dessas quatro paredes. Os caminhos tortuosos todos nós passamos um dia, mas cabe somente ao nosso livre arbítrio decidir se é lá que ficaremos ou não. A vida que neste momento não lhe agrada faz parte das escolhas que você mesma tem feito, portanto, não esqueça que quando tudo está dando errado é sinal de que você precisa parar e voltar às origens e lá você encontrará onde está o erro para consertar e fazer da sua vida a mais agradável para você viver. Você tem que ser na sua vida o Karatê que pratica, pois só quem pratica, no dojo e também na vida, é que sabe a verdadeira força que ele tem!"

Parece que foi ontem que eu tive essa conversa com o Sensei, mas já faz tanto tempo. Eu acho que se eu vivesse para sempre, jamais esqueceria dessa conversa, pois é nela que me baseio para tomar todas as decisões importantes ou não na minha vida. Domo arigato gozaimashita, Sensei, pela firmeza em seu olhar ao dizer tão sábias palavras carregadas de experiência.

OSS...!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Resistir enquanto vida eu tiver


Cuando pierda todas las partidas
cuando duerma con la soledad
cuando se me cierren las salidas
y la noche no me deje en paz.

Cuando tenga miedo del silencio
cuando cueste mantenerse en pie
cuando se rebelen los recuerdos
y me pongan contra la pared.

Resistiré para seguir viviendo
me volveré de hierro
para endurecer la piel
y aunque los vientos de la vida soplen fuerte
como el junco que se dobla
pero siempre sigue en pie.

Resistiré para seguir viviendo
soportaré
los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos
resistiré, resistiré.

Cuando el mundo pierda toda magia
cuando mi enemigo sea yo
cuando me apuñale la nostalgia
y no reconozca ni mi voz.

Cuando me amenace la locura
cuando en mi moneda salga cruz
cuando el diablo pase la factura
o si alguna vez me faltas tú.

Resistiré para seguir viviendo
me volveré de hierro
para endurecer la piel
y aunque los vientos de la vida soplen fuerte
como el junco que se dobla
pero siempre sigue en pie.

Resistiré para seguir viviendo
soportaré
los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos
resistiré, resistiré.

Tenho aprendido que enquanto vida eu tiver todas as chances serão possíveis... Suportarei até o fim dos meus dias, até o último suspirar... É como eu sinto sempre em meu coração, desde que o primeiro obstáculo se fez em minha vida: "Tudo o que eu sinto, penso, falo e faço tem e sempre terá sentimento... Não há medo que me pare, não há dúvida que me faça desistir, não há barreira que me desespere, pois eu sou a insistência na insistência de sempre continuar lutando, afinal se não deu aqui ali na frente vai dar, se meu objetivo aqui não foi alcançado, um dia será...!" (Amanda Alcantara)


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Não é a faixa... É VOCÊ...



Mais importante do que a faixa que você carrega na cintura é o sentimento que leva no coração por tudo aquilo que faz na vida e, principalmente, por quem faz. Se você faz pelos outros não consegue perceber a imensidão que seria cada ação tomada e cada palavra proferida se estivesse fazendo por si próprio. Se você faz por si é certo que sempre dará o seu melhor, mesmo que não saia exatamente como planejou.

Faz exatamente cinco anos que eu fiz uma escolha na vida e, nos últimos dois meses, olhando para trás, tenho percebido que apesar de todos os pesares que têm acontecido eu sou muito feliz, pois fiz a escolha certa, a escolha mais acertada de toda a minha vida. Tudo o que eu precisava para ser uma mulher completa e mais madura eu consegui através dos ensinamentos do Caminho Marcial.



Não foi a evolução das faixas que eu ganhei. Essa graduação eu percebo como um incentivo para os seus praticantes e mais nada além disso. Ela serve para amarrar o Karate-gi que usamos, é um adorno, que faz parte de nossas vestimentas dos constantes treinos e mais nada. O que mudou foi dentro de mim e não foi pelas faixas que fui conquistando, foi pura e simplesmente pelo entendimento que fui adquirindo na constância dos treinos e nas decepções com as inúmeras limitações que me foram aparecendo ao longo dessa trajetória.

Ninguém sabe... Ninguém nunca saberá... Os sorrisos e as aflições que passam todos nós, atletas competidores e atletas samurais, e o quanto todos esses momentos, bons ou ruins, trazem de maturidade para as nossas vidas. No coração pulsa a novidade de como vamos ficando diferentes e, mais ainda, conseguimos sentir isso e mostrar isso para as pessoas sem orgulho ou vaidade. Comigo, particularmente, foi assim... No início eu era uma pessoa totalmente desnorteada e sem muita noção da realidade fora do meu 'mundinho', acreditava em tudo e em todos, acreditava que tudo são flores e que todos fariam o mesmo bem que eu dispenso a todos ao meu redor, mas as coisas não são exatamente como eu achava...

  
Precisei levar uns 'sacodes' da vida, literal e figurativamente, para poder aprender e entender de uma vez por todas que mesmo me decepcionando demais com as pessoas eu sempre terei a oportunidade de sorrir em cada amanhecer de um novo dia... que mesmo eu não tendo a capacidade de fazer mal a ninguém, nem todos serão assim... que mesmo eu acreditando nas coisas, pessoas e situações, eu tenho que desacreditar, porque o ser humano é um ser totalmente imperfeito... mas, acima de tudo, eu enxerguei o maior de toos os ensinamentos me dado de presente até hoje pela vida, que me diz que os meus valores independem dos valores das outras pessoas...

Eu fui leal até onde pude ser, mas tenho a certeza de que a minha lealdade foi maior comigo mesma. Eu sei que tudo o que eu fiz não teve nada a ver com o que diziam de mim ou para mim. É como eu sempre disse: Se um dia tiver de me afastar, eu farei isso sem medo de voltar, porque eu sei das minhas escolhas, sei o que vem ao meu coração e mais do que isso, sei que eu não faço nada por fazer... meus objetivos estão sempre em primeiro lugar, mas não é por isso que eu vou me atropelar e fazer tudo sem pensar, sem sentir verdadeiramente no meu coração o que está sendo feito.


O ser humano me assusta numa proporção tão grande que não encontro palavras agora que me ajudem a explicar, mas é incrível como tenho pensado numa frase que eu formulei há alguns dias: "Eu sinceramente não me decepciono com o que as pessoas são, mas sim com o que elas tentam parecer para mim...!" (Amanda Alcantara, 2012). Isso aconteceu comigo faz pouco tempo, pois desmascarei, sem querer, pessoas muito queridas para mim. Pessoas que estavam cercadas pelo meu amor verdadeiro, mas que com um simples ato impensado me mostraram o que são realmente.

Esses anos todos me ajudaram a crescer como em nenhum outro momento da minha vida, mas também posso afirmar que os últimos dois meses longe de tudo e de todos têm sido de grande valia para o meu crescimento pessoal.... Pude perceber algumas verdades que não era possível enxergar quando estava dentro, mas isso tem sido renovador para mim. Hoje eu sou faixa marrom, querendo muito alcançar a preta, mas ainda tem longa estrada e sei que quando alcançar ainda terei muito mais e sempre mais e mais, mas lá na frente, quando eu olhar para trás e enxergar o quanto o meu diamante pessoal foi lapidado, simplesmente estarei mais feliz e realizada do que nunca, porque verei um sonho realizado e uma porcaria de burocracia cumprida... Não foi a faixa que hoje eu tenho que me deu esse aprendizado. Esse entendimento quem me deu foi a constância da minha luta pessoal em querer melhorar o meu espírito.

OSS...!


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lado a lado... Ao meu lado...

Ontem, após cinco meses, fui visitar o túmulo onde foi enterrado o grande amor da minha vida: o meu avô materno. No início tive uma dificuldade muito grande em me aproximar de onde o deixei pela última vez, mas tinha alguém ao meu lado segurando minhas mãos amparando minhas lágrimas e sentindo talvez a mesma dor que a minha, pois bem antes de mim soube o que é perder alguém tão importante na vida.

O meu avô se foi e eu precisei enfrentar alguns meses mais de desafios para passar nos testes da vida em saber se sou forte mesmo ou se é só aparência. Em meio ao turbilhão que estive vivendo alguém foi colocado em minha vida para confortar meu coração e mais do que um homem que me faz sorrir, ele está comigo para tudo... é meu parceiro, meu amigo, meu companheiro e me faz muito bem, ao lado dele eu sou feliz, pois me permito assim o ser. Ele chegou no momento em que tudo estava fechado e decidido em mim, mas mudou todas verdades e revirou tudo o que um dia eu já fui.

O meu avô se foi e jamais o terei de volta, mas tenho certeza de que de onde estiver mexeu os pauzinhos para eu conhecer alguém que me valorizasse como eu sempre desejei. Eu me abri para a vida e ela se abriu para mim. Eu me permiti os sorrisos e os abraços de alguém que possa ser somente meu e a vida me ajudou a encontrar alguém que realmente merecesse o que eu tenho de melhor em mim: os meus sentimentos.

“Oh DEUS, quando em minha vida imaginei encontrar alguém que tanto bem me faz no meio de tantos problemas e depois de tantas cabeçadas e amores imperfeitos que eu já tive nessa vida. Se há uma segunda chance nessa vida para recomeçar do zero e seguir sem medo, a hora é essa... Estou certa em investir apenas no que me faz bem! Obrigada, meu DEUS, porque hoje eu tenho mãos que amparam as minhas, pés que andam lado a lado comigo e olhos vigilantes sobre os meus. Demorou a chegar, mas chegou no Seu tempo e não no meu, mas agradeço a cada instante mais esse presente que o Senhor me deu.”

Mais uma vez preciso lembrar-me de um grande amigo meu dizendo que tudo passa na vida, as pessoas e as situações, mas o que verdadeiramente prevalece é o sentimento a partir das lembranças boas que temos de algo ou alguém nessa vida. Eu espero que nenhum dos meus sentimentos se disperse de mim, pois todos eles, juntamente com os meus sonhos, fazem o meu coração pulsar vibrante para a vida... Para os que não entenderam o que este post tem haver com o Karatê que eu pratico é só perceber ao longo da leitura do mesmo o quão carregada de superação e renúncias tem essa leitura.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Tenho orgulho de dizer AMO VOCÊ


Eu tenho uma amiga... uma grande amiga... Na verdade, tenho muitos grandes e verdadeiros amigos, mas esta se faz presente em todos os momentos, até mesmo quando eu não preciso dela (o que é muito raro, pois volta e meia eu preciso dela, seja da companhia, das conversas ou até mesmo do olhar).


Ela é uma princesinha muito delicada e meiga, mas por trás de tanta calma e doçura percebo em seus olhos uma determinação que em poucas pessoas (até mesmo adultas) eu enxerguei no olhar. Desde o início de nossas histórias dentro do karatê eu acompanho esta menina, que hoje já é quase uma moça. Tenho muito orgulho de dizer que a amo, pois ela simplesmente é um pouco mais parecida comigo do que antes como eu gostaria que ela ficasse...


Muitas vezes vi seu choro por não acreditar ser capaz de chegar onde está, mas ela mudou e creio que mudará ainda mais. Com sua humildade ela chegou bem mais longe do que todos nós acreditamos que chegaria. Ela me ensinou que abraçar alguém faz parte de expressar o que sinto. A humildade dela até hoje me chama atenção. Foi esse um dos motivos pelos quais ela chegou ao meu coração.

 

O momento que estou atravessando não tem sido nada fácil, mas cada lágrima que derramo eu tenho o apoio dela, seja me acalmando ou me brigando, mas sempre me lembrando que dentro de mim há uma fênix que renasce das cinzas sempre que isso se faz necessário em minha vida.

"Obrigada, minha princesinha, por seu amor, por seu respeito, por tudo o que vivemos e ainda viveremos... Tenho por você um carinho desmedido e não é porque nossas idades são bem distantes que você não me ensine bastante... Às vezes a minha cabeça endurecida e o meu coração de manteiga derretida não me permitem lembrar do que me foi ensinado ao longo desses anos todos no mundo do karatê! Tenho orgulho, minha linda, de dizer AMO VOCÊ!"