sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Faixa preta não é para qualquer um


Quando somos dangai pensamos que é fácil ter a faixa preta na cintura e nos apressamos o máximo possível para chegar até ela. Uns com o objetivo de parar quando chegar nela, pois a vê como o final de toda uma jornada, outros a querem porque entendem que é aí que tudo começa e então se tornam Sensei.

Os que param na faixa preta é porque não conseguem entender o verdadeiro sentido dela. Não alcançam o entendimento que a jornada de um karateka é mais do que alcançar faixas e que estar na faixa preta não significa ser um faixa preta. Mas isso não é tudo. É apenas um lado da história... Ainda têm os que se tornam Sensei!

Como é difícil ser sensei...
As decisões são só nossas e não temos o direito de errar, mesmo sendo seres humanos, afinal, lidaremos com vidas humanas que precisam ser disciplinadas como nós fomos um dia.

Fiquei muito feliz quando meu mestre amarrou a minha faixa preta na minha cintura e prometi para mim que não cometeria com os meus alunos os mesmos erros que foram cometidos comigo, no entanto, não é tão fácil quanto parece ser.

Por maior admiração que meus alunos tenham por mim e outras pessoas falem que eu nasci para coisa, com o passar dos dias eu não me sinto tão capaz quanto deveria. Cometo erros até mais feios do que foram feitos comigo. Acima de tudo, não consigo deixar o meu coração de lado e trabalhar somente com a razão.

Estou com muitas decisões para tomar e me vejo sem algo palpável em minhas mãos para seguir por qualquer caminho que seja. Ontem fui dangai e lutei bravamente para chegar a ser Sensei e hoje percebo quão difícil era e é a tarefa do meu mestre em guiar um ser humano com sua própria identidade e opinião.

OSS...!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O gigante não é maior que a mão de Deus



Parecia um campeonato paraense como outro qualquer, mas nas entrelinhas espirituais se formou uma guerra não somente entre dois seres que um dia se amaram, mas entre muitos que nem ao menos chegaram a se conhecer. Todos sabiam quem era ela, quem era ele e o que faziam. Eles não se entendiam mais por um único motivo que nenhum dos dois entendiam, mas estavam se odiando e isso bastava naquele momento.

Foram meses de uma tormenta muito grande para ela. Ela treinava seus atletas com ferocidade tamanha que não dava escolha a eles. Deixara de ser a "mãezona" para ser a madrasta que cobrava a perfeição e excelência na técnica que já ensinara a todos. De certa forma, a cobrança era uma forma de aperfeiçoar a técnica deles e de se defender do medo que estava sentindo do que poderia acontecer aos seus atletas. Ela só esqueceu de uma coisa...

Deus sempre esteve no comando de tudo na vida dela e dos que a acompanhavam e por isso ela não deveria se preocupar nem com as ameaças e nem com os ataques que a estavam atormentando do lado de lá. Nessa guerra, ela pôde entender que verdadeiramente luz e trevas se chocam e não podem conviver no mesmo lugar então no seu caminhar percebeu que a maioria que se dizia amigo foi se perdendo pelo meio do caminho e ela não se sentiu mais sozinha, porque teve uma fiel amiga que mostrou Deus no comando e foi aí que o medo se dissipou e ela enfrentou cara a cara o medo de estar na presença daquele alguém.

O que eu aprendi com essa história é que o gigante, por maior que seja, não é maior que a mão de Deus, porque no fim, tudo isso rendeu um segundo lugar geral para ela e o primeiro lugar geral para ele. Os dois mereceram e isso demonstra que a vontade de Deus é boa, justa e agradável para tudo e para todos.