sábado, 3 de julho de 2010

Esporte é tão democrático quanto excludente...


Segundo Silveira (2009): "Não há outra ação tão democrática quanto o esporte. Não existe outra atividade humana que consiga unir tantas pessoas de diferentes raças, religiões e ideologias. [...] É através do esporte que muitas pessoas, de diferentes partes do mundo, conhecem diferentes culturas, mantém contato com os demais seguidores desse fenômeno. Considerando apenas a atividade física, a prática envolve competição."
Somente o esporte é capaz de unir democraticamente pessoas das mais diversas raças, culturas e crenças. Um fato que exemplifica claramente a afirmação desta autora foi o caso da união de dois inimigos políticos históricos Coréia do Norte e Coréia do Sul que desfilaram juntas nas cerimônias de abertura tanto das Olimpíadas de Sydney, em 2000, como nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Dividiram espaço, atenção e pregaram ideais de paz e confraternização.
Mas de tudo isso, em minha concepção, fica uma grande dúvida. É possível afirmar que esporte também é exclusão? Pergunto isso porque, como admiradora de todos os esportes e atleta, percebo que há todo um interesse dos maiorais. Esses interesses incluem, principalmente, pregar a dita inclusão social, mas, na verdade, de inclusivo o esporte não tem absolutamente nada e digo isso partindo do princípio de que um ganha e o outro perde. Essa é uma opinião pessoal, que não tem nada haver com estudos científicos comprovados, mas está de acordo com as percepções de anos de práticas esportivas em várias modalidades: natação, vôlei, basquete, futebol e o mais recente, que considero a minha verdadeira paixão, o karatê.