quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ninguém faz nada com você sem a sua permissão...

Imagem retirada do site chrispaiva.zip.net

Estive conversando com meu namorado há algumas semanas e como ele também foi atleta entende o momento que eu estou passando, as decisões e indecisões, as certezas e incertezas que me motivam, mas que também me deixam imensamente insegura. Ele também passou por todas as cobranças que eu já passei e ainda estou passando, mesmo um pouco afastada... Ele também tinha responsabilidades grandes sobre os seus ombros e foi acostumado a não discutir, sempre dizer sim e cada vez mais superar suas próprias limitações assim como eu.

E assim como eu (também) ele confundiu o conceito de superação das próprias limitações. Ele foi me contando um pouco da história dele e percebi que não era muito diferente da minha, apenas o esporte se diferenciava. O esporte que ele praticava era natação e o que eu pratico é o Karatê. Esportes totalmente diferentes, mas com histórias muito parecidas.

Após nossa conversa fiquei muito pensativa. Fiquei me perguntando o que teria causado os nossos afastamentos? Em minha mente veio uma nítida voz dizendo: "Vocês quiseram acompanhar os atletas de ponta. Não tendo ainda condições para isso se esconderam atrás da expressão 'superação de limites' e se esforçaram além do permitido pelo corpo de vocês. A resposta para isso foram as lesões. Lesão é doença e doença nada mais é do que a resposta do seu corpo para algo errado tanto no seu físico como na mente ou no espírito."

imagem retirada do site espiritismoestorias.blogspot.com

Agora entendo verdadeiramente o que foi que aconteceu... Já busquei tantos responsáveis pelo que aconteceu, culpei de DEUS a todos os meus colegas, sendo que esqueci de ver onde eu estava nessa história. Essa responsabilidade é minha. Eu não prestei atenção nos meus próprios limites. Eu ignorei completamente as necessidades do meu corpo e de uns tempos para cá (até antes de eu me afastar) já estava ignorando as necessidades do meu espírito. Em outras palavras, eu simplesmente me atropelei.

Eu devia ter me dado o tempo devido não só para o físico, mas também para o espírito. Uma coisa é bastante certa: se eu tivesse me dado o tempo devido, o que era paixão continuaria me dando o 'tesão' para seguir caminhando e jamais teria se transformado numa obrigação e possivelmente nessas lesões que me afastaram obrigatoriamente do que eu mais amo na vida... hoje eu percebo que as necessidades dos outros não são as mesmas das minhas e vice-versa... Respeitei tanto os outros e esqueci de me respeitar... outro ponto importante para o meu crescimento.

Ninguém me cobrou nada além do que eu demonstrava poder fazer, tudo o que eu fiz foi porque eu quis e achava que seria capaz de fazer. Então mais uma vez eu percebo a minha responsabilidade grande nesse tão breve afastamento. Preciso confessar que essa voz não foi física, ou seja, de uma pessoa como esta que aqui vos fala. A voz era dentro de mim, dentro da minha cabeça, dentro do meu coração. Era como se eu mesma estivesse pensando e sentindo aquilo, acho que foi a voz do entendimento e do amadurecimento que me fizeram enxergar tantas coisas em apenas uma simples conversa.
 
OSS...!

Nenhum comentário:

Postar um comentário