quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Educação Física em minha trajetória

(Trabalho prestes a ser apresentado na Escola Superior da Amazônia, para a disciplina Estudo de pesquisa científica, em 23/02/2012).

Em minhas lembranças percebo a Educação Física como parte de todos os momentos da minha vida, de tudo o que eu sou e quero ser. No entanto, apesar de todos os momentos marcantes que eu tive em relação a esse assunto, existiram dois momentos que se destacam para mim, muito mais que os demais: o meu primeiro e o meu último contato com a Educação Física Escolar sendo ainda só uma aluna no ambiente das escolas.

Poucas coisas lembro da minha primeira infância e quando lembro parecem um 'flash' em minha memória. Algo que lembro-me muito bem é da minha primeira professora de Educação Física. Ela mudou para sempre a minha vida. O fato de ser da minha família fazia eu me sentir segura e protegida de todos os medos e inseguranças que minha mente já criava naquela época. O fato de eu ser sua sobrinha (quase uma filha na época) não me fazia melhor do que ninguém, não influenciava em absolutamente nada para eu ter privilégios sobre os demais alunos. Eu fazia exatamente tudo o que todos faziam com o mesmo tempo de trabalho e descanso que os outros.

Essa professora foi, ao menos para mim, tudo o que um educador deve ser na vida de seus alunos. Amorosa e rígida em doses exatamente de acordo com o meu comportamento diante dela, de suas aulas e da turma em que eu estava inserida. Foi o meu porto seguro dentro daquela escola. Apesar de sempre ter sido muito bem tratada dntro da escola, eu não queria estar ali, não queria estar com aquelas pessoas totalmente desconhecidas. Queria estar em casa com os que eu amava e já estava acostumada, mas não podia gritar e chorar, sabia que, por algum motivo, precisava reprimir aquilo tudo.

Como aquela professora era o mais próximo que eu tinha da minha casa e dos meus familiares, eu estava sempre bem nas aulas dela e fazia questão de estar, por maior que fosse o desconforto de estar ali me sentindo tão sozinha. Engraçado como quando somos crianças nos sentimos tão vulneráveis a tudo e a todos, tentando ser e fazer as coisas imitando os que mais admiramos só para sermos mais amados e bem aceitos por todos os que nos rodeiam. Como pode uma criança tão pequena e de tão pouca idade, como eu era, pensar e sentir tantas coisas com tamanha complexidade? Não sei. A única coisa que eu sei é que eu quero ser para todos a minha volta o mesmo que foram para mim.

Sempre fui uma pessoa muito difícil de lidar, principalmente pela firmeza de caráter, inflexibilidade de ideias, dureza nas críticas e resistência às mudanças da vida por menores que elas fossem. Por este motivo encontrei, ao longo da minha jornada, estudantil muitas barreiras, que só me faziam me fechar cada vez mais para o mundo ao meu redor, mas era nas aulas de Educação Física que eu tinha a oportunidade de mostrar um pouco do que eu era e gostava. Nós éramos uma equipe e não importava o que acontecesse, estávamos sempre juntos dentro do ginásio do colégio. As aulas de Educação Física eram o único momento em que eu não precisava me calar para os professores, eu podia opinar o quanto eu quisesse, porque sempre o professor avaliava minhas opiniões como positivas ou não, mas me escutava e era só disso que eu precisava.

Os três anos do meu Ensino Médio eu tive um único professor. Ele era o novo professor de Educação Física do Ensino Médio. Não consigo lembrar o nome dele, mas daquele rosto calmo jamais esquecerei. No início nossa relação foi um tanto tempestiva, pois eu não queriaparticipar das aulas que ele ministrava com a desculpa de querer conhecer o perfil dele com os alunos (que bela desculpa para esconder o enorme medo que eu estava sentindo daquela mudança). Mas, com o passar do tempo, toda essa desconfortável situação foi sendo modificada para melhor.

Aos poucos, e bem aos poucos mesmo, nós começamos a conversar e trocar algumas ideias e experiências e de ambas as partes começou a surgir o que é fundamental para uma relação dar certo: carinho, respeito, confiança e admiração. A partir de então ele, de alguma forma, conseguiu lidar com os intempéries da minha personalidade altamente forte, crítica, ousada e destemida bem mais do que antes. Ele me deixou livre para escolher, coisa que poucos fzeram por mim até hoje. Sempre tinha um para interferir nas minhas escolhas e decisões ou tomá-las em meu lugar.

Esses dois professores foram marcantes pela inteligência e pela enorme sensibilidade com o próximo, pessoas amigas e inesquecíveis que levaram em sua história um pouco de mim e muito de si e do que fizeram por mim e pelo meu crescimento e amadurecimento deixaram marcados para sempre em minha vida. Sou o que eu sou e conquistei tudo o que eu conquistei nessa vida também graças a eles e tantos outros professores que passaram pela minha vida.

Preciso confessar, acho até que, neste caso, é desabafar mesmo. Levei anos para entender que apego a algo ou alguém não é amor, mas, sim, uma doença, afinal, quem verdadeiramente ama sabe a hora certa de libertar a pessoa amada se preciso for, ja dizia o grande amor da minha vida: o meu avô materno. Apego sufoca quem amamos e era exatamente isso que eu fazia não só com os meus professores, mas com todos que se aproximavam de mim. Hoje entendo que meu amor, se verdadeiro for, ele me ligará aos meus amados pela força que há no sentimento e no pensamento. Mas ainda não acaboumesmo!

Também levei bastante tempo para compreender que nossos professores, sejam eles quem forem ou que matéria lecionarem, também são nossos amigos e por que não dizer, em muitos casos, nossos herois, enfim, são pessoas que, depois de nossos pais, acompanham muito de perto a nossa formação, o nosso crescimento e amadurecimentotanto diante dos conhecimentos técnicos das escolas como também diante da vida que vivemos fora da proteção das escolas. Vale resssaltar que esses professores são parte de nós como as famílias que temos.

Ainda bem que os anos passam. Ainda bem que demorou, mas, enfim, eu entendi. Ainda bem que eu cresci. Ainda bem que eu mudei e amadureci, pois, do contrário, eu nem sei o que seria de mim, talvez eu nem estivesse mais nem aqui.

Imagem retirada d site escolamunicipalcamoes.blogspot.com




OSS...!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ninguém faz nada com você sem a sua permissão...

Imagem retirada do site chrispaiva.zip.net

Estive conversando com meu namorado há algumas semanas e como ele também foi atleta entende o momento que eu estou passando, as decisões e indecisões, as certezas e incertezas que me motivam, mas que também me deixam imensamente insegura. Ele também passou por todas as cobranças que eu já passei e ainda estou passando, mesmo um pouco afastada... Ele também tinha responsabilidades grandes sobre os seus ombros e foi acostumado a não discutir, sempre dizer sim e cada vez mais superar suas próprias limitações assim como eu.

E assim como eu (também) ele confundiu o conceito de superação das próprias limitações. Ele foi me contando um pouco da história dele e percebi que não era muito diferente da minha, apenas o esporte se diferenciava. O esporte que ele praticava era natação e o que eu pratico é o Karatê. Esportes totalmente diferentes, mas com histórias muito parecidas.

Após nossa conversa fiquei muito pensativa. Fiquei me perguntando o que teria causado os nossos afastamentos? Em minha mente veio uma nítida voz dizendo: "Vocês quiseram acompanhar os atletas de ponta. Não tendo ainda condições para isso se esconderam atrás da expressão 'superação de limites' e se esforçaram além do permitido pelo corpo de vocês. A resposta para isso foram as lesões. Lesão é doença e doença nada mais é do que a resposta do seu corpo para algo errado tanto no seu físico como na mente ou no espírito."

imagem retirada do site espiritismoestorias.blogspot.com

Agora entendo verdadeiramente o que foi que aconteceu... Já busquei tantos responsáveis pelo que aconteceu, culpei de DEUS a todos os meus colegas, sendo que esqueci de ver onde eu estava nessa história. Essa responsabilidade é minha. Eu não prestei atenção nos meus próprios limites. Eu ignorei completamente as necessidades do meu corpo e de uns tempos para cá (até antes de eu me afastar) já estava ignorando as necessidades do meu espírito. Em outras palavras, eu simplesmente me atropelei.

Eu devia ter me dado o tempo devido não só para o físico, mas também para o espírito. Uma coisa é bastante certa: se eu tivesse me dado o tempo devido, o que era paixão continuaria me dando o 'tesão' para seguir caminhando e jamais teria se transformado numa obrigação e possivelmente nessas lesões que me afastaram obrigatoriamente do que eu mais amo na vida... hoje eu percebo que as necessidades dos outros não são as mesmas das minhas e vice-versa... Respeitei tanto os outros e esqueci de me respeitar... outro ponto importante para o meu crescimento.

Ninguém me cobrou nada além do que eu demonstrava poder fazer, tudo o que eu fiz foi porque eu quis e achava que seria capaz de fazer. Então mais uma vez eu percebo a minha responsabilidade grande nesse tão breve afastamento. Preciso confessar que essa voz não foi física, ou seja, de uma pessoa como esta que aqui vos fala. A voz era dentro de mim, dentro da minha cabeça, dentro do meu coração. Era como se eu mesma estivesse pensando e sentindo aquilo, acho que foi a voz do entendimento e do amadurecimento que me fizeram enxergar tantas coisas em apenas uma simples conversa.
 
OSS...!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Karatê dentro e fora do DOJÔ

Foto retirada do site: sagakaratedo.wordpress.com


"E por qual motivo o seu coração está tão apertado a ponto de enfraquecer seu treino?" Pergunta o Sensei daquela Kohai.

"Não sei dizer, Sensei... Só sei que tenho andado por caminhos tortuosos e não me agrado da vida que estou levando fora daqui!" Responde a aluna, com lágrimas nos olhos.

"Aí está o motivo, ou melhor aí estão os motivos. Você mesma os mostrou para mim. Não consegue visualizá-los como eu, mas eles estão bem aí dentro de você, kohai, dentro do seu coração..." Diz o Sensei, com bondade nos olhos e nas palavras.

"O que quer dizer, Sensei? Não consigo entender. Por favor, me explique!" Pede, em tom súplice, a aluna.

Novamente com bondade, mas com firmeza na voz e nas palavras, o Sensei tornou a falar:
"Ao entitular você minha kohai, eu sabia exatamente o que estava fazendo. Percebo sua lealdade ao que pratica e, mais do que isso, percebo sua vontade de estar aqui. Tenho por você o que há muito foi esquecido neste mundo louco do qual fazemos parte, que é o respeito e a consideração, mas por motivos que desconheço e realmente não me interessam, pois vejo que são pessoais, você está se perdendo de nós. Está deixando de lado algo bom para você e que só lhe trouxe benefícios até hoje. Você chora e não sabe perceber os motivos, isso demonstra que você ainda não se conhece nenhum pouco e em vez de progredir, dessa forma que está, você só está regredindo cada vez mais. Seu rendimento está muito abaixo do que poderia estar, porque já vi o seu melhor e sei que este não é o seu melhor. Isso quer me dizer somente uma coisa, você não aprendeu a mais básica das lições: A filosofia do Karatê que praticamos deve ser levada para a nossa vida. O que eu quero dizer com isso? Eu quero dizer que você está sendo pouco inteligente em praticar o karatê apenas nos limites dessas quatro paredes. Os caminhos tortuosos todos nós passamos um dia, mas cabe somente ao nosso livre arbítrio decidir se é lá que ficaremos ou não. A vida que neste momento não lhe agrada faz parte das escolhas que você mesma tem feito, portanto, não esqueça que quando tudo está dando errado é sinal de que você precisa parar e voltar às origens e lá você encontrará onde está o erro para consertar e fazer da sua vida a mais agradável para você viver. Você tem que ser na sua vida o Karatê que pratica, pois só quem pratica, no dojo e também na vida, é que sabe a verdadeira força que ele tem!"

Parece que foi ontem que eu tive essa conversa com o Sensei, mas já faz tanto tempo. Eu acho que se eu vivesse para sempre, jamais esqueceria dessa conversa, pois é nela que me baseio para tomar todas as decisões importantes ou não na minha vida. Domo arigato gozaimashita, Sensei, pela firmeza em seu olhar ao dizer tão sábias palavras carregadas de experiência.

OSS...!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Resistir enquanto vida eu tiver


Cuando pierda todas las partidas
cuando duerma con la soledad
cuando se me cierren las salidas
y la noche no me deje en paz.

Cuando tenga miedo del silencio
cuando cueste mantenerse en pie
cuando se rebelen los recuerdos
y me pongan contra la pared.

Resistiré para seguir viviendo
me volveré de hierro
para endurecer la piel
y aunque los vientos de la vida soplen fuerte
como el junco que se dobla
pero siempre sigue en pie.

Resistiré para seguir viviendo
soportaré
los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos
resistiré, resistiré.

Cuando el mundo pierda toda magia
cuando mi enemigo sea yo
cuando me apuñale la nostalgia
y no reconozca ni mi voz.

Cuando me amenace la locura
cuando en mi moneda salga cruz
cuando el diablo pase la factura
o si alguna vez me faltas tú.

Resistiré para seguir viviendo
me volveré de hierro
para endurecer la piel
y aunque los vientos de la vida soplen fuerte
como el junco que se dobla
pero siempre sigue en pie.

Resistiré para seguir viviendo
soportaré
los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos
resistiré, resistiré.

Tenho aprendido que enquanto vida eu tiver todas as chances serão possíveis... Suportarei até o fim dos meus dias, até o último suspirar... É como eu sinto sempre em meu coração, desde que o primeiro obstáculo se fez em minha vida: "Tudo o que eu sinto, penso, falo e faço tem e sempre terá sentimento... Não há medo que me pare, não há dúvida que me faça desistir, não há barreira que me desespere, pois eu sou a insistência na insistência de sempre continuar lutando, afinal se não deu aqui ali na frente vai dar, se meu objetivo aqui não foi alcançado, um dia será...!" (Amanda Alcantara)


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Não é a faixa... É VOCÊ...



Mais importante do que a faixa que você carrega na cintura é o sentimento que leva no coração por tudo aquilo que faz na vida e, principalmente, por quem faz. Se você faz pelos outros não consegue perceber a imensidão que seria cada ação tomada e cada palavra proferida se estivesse fazendo por si próprio. Se você faz por si é certo que sempre dará o seu melhor, mesmo que não saia exatamente como planejou.

Faz exatamente cinco anos que eu fiz uma escolha na vida e, nos últimos dois meses, olhando para trás, tenho percebido que apesar de todos os pesares que têm acontecido eu sou muito feliz, pois fiz a escolha certa, a escolha mais acertada de toda a minha vida. Tudo o que eu precisava para ser uma mulher completa e mais madura eu consegui através dos ensinamentos do Caminho Marcial.



Não foi a evolução das faixas que eu ganhei. Essa graduação eu percebo como um incentivo para os seus praticantes e mais nada além disso. Ela serve para amarrar o Karate-gi que usamos, é um adorno, que faz parte de nossas vestimentas dos constantes treinos e mais nada. O que mudou foi dentro de mim e não foi pelas faixas que fui conquistando, foi pura e simplesmente pelo entendimento que fui adquirindo na constância dos treinos e nas decepções com as inúmeras limitações que me foram aparecendo ao longo dessa trajetória.

Ninguém sabe... Ninguém nunca saberá... Os sorrisos e as aflições que passam todos nós, atletas competidores e atletas samurais, e o quanto todos esses momentos, bons ou ruins, trazem de maturidade para as nossas vidas. No coração pulsa a novidade de como vamos ficando diferentes e, mais ainda, conseguimos sentir isso e mostrar isso para as pessoas sem orgulho ou vaidade. Comigo, particularmente, foi assim... No início eu era uma pessoa totalmente desnorteada e sem muita noção da realidade fora do meu 'mundinho', acreditava em tudo e em todos, acreditava que tudo são flores e que todos fariam o mesmo bem que eu dispenso a todos ao meu redor, mas as coisas não são exatamente como eu achava...

  
Precisei levar uns 'sacodes' da vida, literal e figurativamente, para poder aprender e entender de uma vez por todas que mesmo me decepcionando demais com as pessoas eu sempre terei a oportunidade de sorrir em cada amanhecer de um novo dia... que mesmo eu não tendo a capacidade de fazer mal a ninguém, nem todos serão assim... que mesmo eu acreditando nas coisas, pessoas e situações, eu tenho que desacreditar, porque o ser humano é um ser totalmente imperfeito... mas, acima de tudo, eu enxerguei o maior de toos os ensinamentos me dado de presente até hoje pela vida, que me diz que os meus valores independem dos valores das outras pessoas...

Eu fui leal até onde pude ser, mas tenho a certeza de que a minha lealdade foi maior comigo mesma. Eu sei que tudo o que eu fiz não teve nada a ver com o que diziam de mim ou para mim. É como eu sempre disse: Se um dia tiver de me afastar, eu farei isso sem medo de voltar, porque eu sei das minhas escolhas, sei o que vem ao meu coração e mais do que isso, sei que eu não faço nada por fazer... meus objetivos estão sempre em primeiro lugar, mas não é por isso que eu vou me atropelar e fazer tudo sem pensar, sem sentir verdadeiramente no meu coração o que está sendo feito.


O ser humano me assusta numa proporção tão grande que não encontro palavras agora que me ajudem a explicar, mas é incrível como tenho pensado numa frase que eu formulei há alguns dias: "Eu sinceramente não me decepciono com o que as pessoas são, mas sim com o que elas tentam parecer para mim...!" (Amanda Alcantara, 2012). Isso aconteceu comigo faz pouco tempo, pois desmascarei, sem querer, pessoas muito queridas para mim. Pessoas que estavam cercadas pelo meu amor verdadeiro, mas que com um simples ato impensado me mostraram o que são realmente.

Esses anos todos me ajudaram a crescer como em nenhum outro momento da minha vida, mas também posso afirmar que os últimos dois meses longe de tudo e de todos têm sido de grande valia para o meu crescimento pessoal.... Pude perceber algumas verdades que não era possível enxergar quando estava dentro, mas isso tem sido renovador para mim. Hoje eu sou faixa marrom, querendo muito alcançar a preta, mas ainda tem longa estrada e sei que quando alcançar ainda terei muito mais e sempre mais e mais, mas lá na frente, quando eu olhar para trás e enxergar o quanto o meu diamante pessoal foi lapidado, simplesmente estarei mais feliz e realizada do que nunca, porque verei um sonho realizado e uma porcaria de burocracia cumprida... Não foi a faixa que hoje eu tenho que me deu esse aprendizado. Esse entendimento quem me deu foi a constância da minha luta pessoal em querer melhorar o meu espírito.

OSS...!


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lado a lado... Ao meu lado...

Ontem, após cinco meses, fui visitar o túmulo onde foi enterrado o grande amor da minha vida: o meu avô materno. No início tive uma dificuldade muito grande em me aproximar de onde o deixei pela última vez, mas tinha alguém ao meu lado segurando minhas mãos amparando minhas lágrimas e sentindo talvez a mesma dor que a minha, pois bem antes de mim soube o que é perder alguém tão importante na vida.

O meu avô se foi e eu precisei enfrentar alguns meses mais de desafios para passar nos testes da vida em saber se sou forte mesmo ou se é só aparência. Em meio ao turbilhão que estive vivendo alguém foi colocado em minha vida para confortar meu coração e mais do que um homem que me faz sorrir, ele está comigo para tudo... é meu parceiro, meu amigo, meu companheiro e me faz muito bem, ao lado dele eu sou feliz, pois me permito assim o ser. Ele chegou no momento em que tudo estava fechado e decidido em mim, mas mudou todas verdades e revirou tudo o que um dia eu já fui.

O meu avô se foi e jamais o terei de volta, mas tenho certeza de que de onde estiver mexeu os pauzinhos para eu conhecer alguém que me valorizasse como eu sempre desejei. Eu me abri para a vida e ela se abriu para mim. Eu me permiti os sorrisos e os abraços de alguém que possa ser somente meu e a vida me ajudou a encontrar alguém que realmente merecesse o que eu tenho de melhor em mim: os meus sentimentos.

“Oh DEUS, quando em minha vida imaginei encontrar alguém que tanto bem me faz no meio de tantos problemas e depois de tantas cabeçadas e amores imperfeitos que eu já tive nessa vida. Se há uma segunda chance nessa vida para recomeçar do zero e seguir sem medo, a hora é essa... Estou certa em investir apenas no que me faz bem! Obrigada, meu DEUS, porque hoje eu tenho mãos que amparam as minhas, pés que andam lado a lado comigo e olhos vigilantes sobre os meus. Demorou a chegar, mas chegou no Seu tempo e não no meu, mas agradeço a cada instante mais esse presente que o Senhor me deu.”

Mais uma vez preciso lembrar-me de um grande amigo meu dizendo que tudo passa na vida, as pessoas e as situações, mas o que verdadeiramente prevalece é o sentimento a partir das lembranças boas que temos de algo ou alguém nessa vida. Eu espero que nenhum dos meus sentimentos se disperse de mim, pois todos eles, juntamente com os meus sonhos, fazem o meu coração pulsar vibrante para a vida... Para os que não entenderam o que este post tem haver com o Karatê que eu pratico é só perceber ao longo da leitura do mesmo o quão carregada de superação e renúncias tem essa leitura.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Tenho orgulho de dizer AMO VOCÊ


Eu tenho uma amiga... uma grande amiga... Na verdade, tenho muitos grandes e verdadeiros amigos, mas esta se faz presente em todos os momentos, até mesmo quando eu não preciso dela (o que é muito raro, pois volta e meia eu preciso dela, seja da companhia, das conversas ou até mesmo do olhar).


Ela é uma princesinha muito delicada e meiga, mas por trás de tanta calma e doçura percebo em seus olhos uma determinação que em poucas pessoas (até mesmo adultas) eu enxerguei no olhar. Desde o início de nossas histórias dentro do karatê eu acompanho esta menina, que hoje já é quase uma moça. Tenho muito orgulho de dizer que a amo, pois ela simplesmente é um pouco mais parecida comigo do que antes como eu gostaria que ela ficasse...


Muitas vezes vi seu choro por não acreditar ser capaz de chegar onde está, mas ela mudou e creio que mudará ainda mais. Com sua humildade ela chegou bem mais longe do que todos nós acreditamos que chegaria. Ela me ensinou que abraçar alguém faz parte de expressar o que sinto. A humildade dela até hoje me chama atenção. Foi esse um dos motivos pelos quais ela chegou ao meu coração.

 

O momento que estou atravessando não tem sido nada fácil, mas cada lágrima que derramo eu tenho o apoio dela, seja me acalmando ou me brigando, mas sempre me lembrando que dentro de mim há uma fênix que renasce das cinzas sempre que isso se faz necessário em minha vida.

"Obrigada, minha princesinha, por seu amor, por seu respeito, por tudo o que vivemos e ainda viveremos... Tenho por você um carinho desmedido e não é porque nossas idades são bem distantes que você não me ensine bastante... Às vezes a minha cabeça endurecida e o meu coração de manteiga derretida não me permitem lembrar do que me foi ensinado ao longo desses anos todos no mundo do karatê! Tenho orgulho, minha linda, de dizer AMO VOCÊ!"

Chá relaxante muscular e antiinflamatório também para atletas...

No post abaixo segue uma reportagem a respeito de um chá que tenho utlizado e realmente funciona. Não só atletas já lesionados ou para prevenir podem tomá-lo, pois ele é relaxante muscular e atiinflamatorio. Tenham todos uma excelente leitura!

Chá alivia dores musculares e dá energia a atletas (Globo repórter 22-07-09)
Bebida mistura erva-doce, canela e semente de mostarda em porções iguais.
Beatriz Castro Natal (RN)

Eles resistem aos piores esforços. Provas que duram de dez horas a seis dias. São os atletas de alta performance. Saudáveis? Sim, mas com um alto desgaste para o corpo. O esforço extremo libera no corpo os radicais livres, que aceleram o envelhecimento.
Foto retirada do blog williamsportmassagem.blogspot.com 

Eu já tenho 48 anos de idade. Fazendo corrida de aventura, um esporte muito desgastante, não posso me dar ao luxo de envelhecer mais ainda”, diz o dentista Vescio Barreto. Normalmente eles usam antiinflamatórios e suplementos para evitar dores e lesões. Seria possível substituir esses medicamentos por algo mais natural? Foi justamente um grupo de atletas que exige o máximo do metabolismo que pôde testar os efeitos de um chá de especiarias em Natal, no Rio Grande do Norte. Durante 60 dias, um grupo de dez atletas tomou o chá. Outros dez não tomaram e serviram de controle para a eficácia da pesquisa. Mas muitos deles ficaram desconfiados. “Eu não acreditava nisso. Tive que ver para crer”, conta o administrador Karim Barreto. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mas o chazinho não é muito diferente daqueles caseiros: erva-doce, canela e semente de mostarda em porções iguais. Essas especiarias foram escolhidas por combaterem o envelhecimento. São ótimos antioxidantes. “A canela é uma das especiarias mais utilizadas no mundo inteiro. Ela tem alto poder conservante. Inclusive, na época das múmias do Egito, era usada como conservante”, lembra a cientista em alimentos Ana Vládia Moreira. Mas os pesquisadores pensaram também no gosto quando fizeram a escolha. Queriam algo que pudesse virar uma rotina. “Quando propomos algo importante para a saúde, para não ser algo que simplesmente tomamos sem prazer, temos que pensar também no lado sensorial. E essa mistura é bastante agradável ao paladar das pessoas”, assegura Ana Vládia Moreira. E também é um chá simples, fácil de fazer. “O ponto ideal [da água] é quando começa a levantar bolhinhas. Você apaga e está no ponto de colocar na xícara. Com a água pronta, colocamos o sache”, ensina Ana Vládia Moreira. A dose diária é de uma colher de chá em uma xícara de água. Ou seja, não adianta tomar um bule de chá. O necessário mesmo é uma xícara. A pesquisa mostrou que a maioria dos atletas teve uma redução do MDA, substância que causa lesões musculares e dores. O chá ajudou a diminuir a sensação de desgaste físico depois dos exercícios. "Eu senti que durante os treinos longos e as corridas não tinha tanta necessidade de fazer uso de antiinflamatórios", conta a zootecnista Inês Greca. "As dores musculares que sempre vêm depois diminuíram bastante depois desse tratamento", afirma Karim Barreto. E se foi bom para quem se desgasta tanto, Ana Vládia Moreira diz que a mistura pode ter bons efeitos no dia-a-dia de qualquer pessoa. “Por ter papel antioxidante e antiinflamatório, ele acaba sendo universal. Onde processos inflamatórios estão presentes, como uma simples dor de cabeça ou mesmo uma cólica, ele pode vir a ter efeitos atenuantes, principalmente preventivos se a pessoa tiver o hábito de beber”, explica a cientista de alimentos. A nutricionista Jussele Lourenço acredita que o resultado da pesquisa pode combater um grande problema entre atletas amadores: a automedicação. Eles poderiam trocar os remédios pelo chá, que pode ser consumido como qualquer outro alimento. “Um alimento que reduza o estresse oxidativo. Muitas vezes eles vão diminuir essa inflamação com automedicação”, diz. Para quem passa a vida por matas, estradas e rios, o resultado foi animador. “Não há um alimento por si só capaz de reverter uma doença. Há um conjunto de fatores. Cabeça boa, corpo em movimento e uma pitadinha de sabor não fazem mal a ninguém”, finaliza Ana Vládia Moreira.



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sábado, 28 de janeiro de 2012

Lesionou, JÁ ERA...

Está cada vez mais forte a crença na frase que um grande amigo meu me disse um dia: "Siga o Caminho... Honre o Caminho!" É este caminho que eu escolhi que me dará o fortalecimento e o amadurecimento que tanto eu estou precisando neste momento.

Foi trairagem da grossa... Puxaram meu tapete... Tudo o que eu mais queria e pelo que tanto eu lutei esses anos todos dentro das artes marciais foi tirado de mim por uma simples lesão. Passaram a perna em mim e me jogaram para trás sem que eu tivesse chance de dizer ou fazer nada. Estava tudo ali diante de mim o tempo todo e eu não quis enxergar por um desmedido sentimento de lealdade sem reciprocidade alguma.

Mas, neste momento, uma única pergunta grita forte dentro do meu peito: "O que fazer agora?" Que indecisão está me acompanhando nos últimos quatro meses... Eu realmente estou indecisa entre voltar, encarar as minhas limitações de frente, ver que não tem nada haver eu não conseguir acompanhar os demais como antes e desistir de tudo logo agora que estou tão perto (mesmo me sentindo muito mais longe que antes).

Realmente não sinto mais aquela vontade e o enorme prazer todo de voltar (há muito tempo que eu sinto tudo isto como uma obrigação e não como uma satisfação em minha vida), no entanto, meu corpo e meu espírito clamam a necessidade de voltar o mais rápido possível, porque Karatê é a minha, vida, é o que eu sou, é parte de mim como meus membros superiores e inferiores, é o que eu sinto dentro do coração... é o que eu mais preciso para continuar seguindo sem temer os próximos passos que terei de dar nessa vida.

Depois de tudo (exatamente tudo) o que aconteceu e o que tem acontecido eu posso afirmar com toda a certeza que se eu voltar a treinar, não haverá mais nenhum sacrifício além dos meus limites. O Caminho que eu escolhi será trilhado no meu ritmo, de acordo com as minhas possibilidades e limitações, afinal, é como já me disseram, estou lesionada e já não sirvo para muita coisa no mundo dos atletas de ponta.

Por essa lesão eu perdi a oportunidade de chegar ao meu maior objetivo: ser uma grande Sensei algum dia. Perdi a oportunidade, porque não ofereço mais o potencial de grande atleta que dá nome, medalhas e troféus para a academia. E por mais que digam o contrário, eu sei que foi por causa dessa lesão e do meu breve afastamento devido à mesma... eu não queria, mas precisei me afastar, eu quero, mas agora está tão difícil de acreditar novamente que tudo vai dar certo.Não lamento e nem vou lamentar, porque se ainda não foi dessa vez um dia terá de ser... Não lamento, mas ainda não sei o que fazer... A dúvida está me consumindo... O que mais eu temia, aconteceu de fato. Lesionada eu não sou nada, eu não sirvo para nada e isso já foi, para mim, tese comprovada e por mim desaprovada: "Lesionou, JÁ ERA!"

Nesses últimos quatro meses, tenho tido momentos em que eu me forço a acreditar que isso nada mais é do que o meu ego falando mais alto, mas na última quarta feira percebi que não é nada disso. Não adianta ficar arranjando desculpas ou colocando culpas em mim. A responsabilidade dessa trairagem é de quem sacaneou e não de quem confiou. Essa atitude traidora só me deu mais força para que eu, no momento certo, dê a volta por cima dessa fase ruim e de todos os que a ajudam a ficar mais forte e quando eu estiver lá no topo novamente deixar fluir um sonoro e aliviado: "Eu consegui!" Só que dessa vez sem me preocupar tanto com o que as outras pessoas querem ou pensam de mim. O meu desprezo será a minha resposta às maldades e sacanagens aprontadas para cima de mim.


De uma coisa eu sei: 

"Se antes eu não sabia dizer não e baixava a minha cabeça para tudo e todos agora a coisa será diferente. Não sou moleca de ninguém e assim como dispenso respeito aos meus superiores eu também quero respeito, afinal meu Sensei sempre disse que só merece respeito quem se dá o respeito e se faz respeitar diante dos demais." (Amanda Alcantara)

OSS...!